Gosto de pessoas. Não tenho qualquer tipo de preconceito e evito toda a discriminação. Aceito todas as maneiras de ser. Mas há uma coisa que me repudia. Algo com o qual não posso viver. O ódio. E se há concepção que não me entra na cabeça é a de pessoas que não querem que as outras sejam felizes.
(...) O Marquês de Pombal encheu-se de gente para celebrar a festa da família, uma iniciativa da plataforma cidadania e casamento, a favor do referendo ao casamento gay, que juntou na capital cerca de cinco mil pessoas, vindas de norte a sul do país.
Dos «8 aos 80», muitos eram os que empunhavam faixas onde se podia ler frases como «casamento é homem e mulher» e «família é vida, família é futuro». E muitas eram as vozes que ecoavam a exigir um referendo que permita ao povo manifestar a sua opinião.
(...)«A minha mulher faleceu o ano passado, estou aqui por ela e porque acho absurda a legalização deste casamento», afirmou o idoso.
(...) O adolescente de Oeiras critica a legalização do casamento gay, considerando que esta união civil é «perigosa» e «pode aumentar o número de homossexuais», que vão ver na lei «um incentivo a esta opção sexual».
(...)Saiu do norte às 10h e dirigiu-se à capital porque «tem esperança que lei seja alterada» e não pode ficar indiferente a ataques à família: «Já viu o que o governo está a fazer às famílias? O Estado está a destruir os lares portugueses».
(...)A freira veio de Vila Viçosa, no Alentejo, para se manifestar «a favor da família e contra a homossexualidade, porque essa opção é um acto de autodestruição do ser humano», afirma a brasileira.
Não me incomodam os velhos. Incomodam-me as crianças que vi na manifestação, que estão a ser criadas num clima de ódio. Que estão a ser ensinadas a odiar. Por muito optimista que queira ser, não me parece que o amanhã seja muito melhor que o hoje.
A Avenida da Liberdade a albergar um desfile em que macacos que lutam contra isso mesmo: a liberdade.
«eu também não votei no vosso casamento»
Notícia in TVI24, Cláudia Madruga



